O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara deu início nesta 4ª feira (4.abr.2022) a processo contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por debochar da tortura sofrida pela jornalista Míriam Leitão, do jornal O Globo, durante a ditadura militar.
No início de abril, Míriam compartilhou em seu perfil no Twitter a coluna que havia escrito para o jornal: “Única via possível é a democracia”. Na publicação, disse que o erro da 3ª via é tratar Lula e Bolsonaro como iguais. “Bolsonaro é inimigo da democracia”, escreveu.
O deputado compartilhou a publicação e escreveu: “Ainda com pena da cobra”. Durante a ditadura militar no Brasil (1964-1985), a jornalista foi presa e torturada. Em um de seus relatos, Míriam, que estava grávida à época, conta que foi colocada em uma sala escura com uma cobra. Eduardo Bolsonaro é filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) que, desde quando foi deputado federal, é defensor da ditadura.
Deputado debochou da tortura sofrida pela jornalista Míriam Leitão, do jornal O Globo, na ditadura militar
Foram sorteados os nomes de 3 integrantes do colegiado para relatar o caso: Mauro Lopes (PP-MG), Pinheirinho (PP-MG) e Vanda Milani (Pros-AC). O presidente do conselho, Paulo Azi (União Brasil-BA), escolherá um deles para ser o relator pela admissibilidade ou não do caso.
A publicação de Eduardo motivou 4 partidos a representarem contra ele: PT, PC do B, Psol e Rede. As peças foram unificadas em um só processo. As legendas pedem a cassação do mandato do deputado.
Conselho de Ética abre processo contra Eduardo Bolsonaro
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