O ministro Luis Felipe Salomão, corregedor nacional de Justiça, determinou a suspensão das redes sociais de dois magistrados por causa de publicações de cunho político-partidário – o desembargador Marcelo Lima Buhatem, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, e a juíza Rosália Guimarães Sarmento, do Tribunal de Justiça do Amazonas.
As decisões foram tomadas nesta quinta-feira (26). É a primeira vez que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) adota esse tipo de postura em razão do período eleitoral.
Buhatem responde a uma sindicância perante o CNJ por causa de manifestações que violariam normas da magistratura. Na decisão desta quinta (27), Salomão afirma que o desembargador reincidiu na conduta, “mesmo depois de já instaurado procedimento investigatório nesta Corregedoria” e que “a solução que assegura a devida proteção ao Estado Democrático de Direito impõe a suspensão dos perfis do magistrado”.
A decisão cita manifestação de Buhatem, no exercício da presidência da Associação Nacional dos Desembargadores, que comenta as críticas do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) à ministra do Supremo Cármen Lúcia.
Salomão entendeu que “o conteúdo da nota está a sugerir, em princípio, que o sindicado aproveitou o lamentável episódio envolvendo a ministra Cármen Lúcia, noticiado amplamente na imprensa, para enxertar, no meio do texto, manifestação de apoio ao presidente da República, atualmente candidato à reeleição”.
Órgão determinou a suspensão das redes sociais do desembargador Marcelo Lima Buhatem e da juíza Rosália Guimarães
Sede do CNJ Foto: Gil Ferreira/Agência CNJ
CNJ decide derrubar redes de juízes pró-Lula e pró-Bolsonaro
Confira o conteúdo completo em Pleno News. Todos os Direitos Reservados.