Aras diz que Brasil deve voltar a prestigiar ‘jornalismo profissional’ contra desinformação

Aras diz que Brasil deve voltar a prestigiar ‘jornalismo profissional’ contra desinformação

O procurador-geral da República, Augusto Aras, saiu em defesa dos grandes veículos de comunicação na manhã desta quarta-feira (27). De acordo com ele, o Brasil precisa voltar a prestigiar o que classificou como ‘jornalismo profissional’ como forma de combater o avanço de fake news e de promover a defesa do Estado Democrático de Direito.

A declaração do PGR foi dada durante o Seminário Liberdade de Imprensa: Justiça e Segurança de Jornalistas, promovido pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). Realizado de forma virtual, o evento contou ainda com a participação de jornalistas e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), como Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.

Durante sua fala, o PGR citou jurisprudências e lembrou das ações feitas pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que editaram regramentos que estabelecem parâmetros para uso das redes sociais pelos seus integrantes.

Ao fazer a defesa do chamado ‘jornalismo profissional’, Augusto Aras lembrou o registro de fatos recentes envolvendo supostas ameaças e agressões a jornalistas que atuam na cobertura política em Brasília, destacando que, em todos os episódios, tomou providências imediatas para que os casos fossem devidamente apurados e responsabilizados.

Na visão de Aras, o país vive uma crise decorrente do embate entre a liberdade de expressão e o abuso do direito de informar, em meio a uma situação de calamidade pública.

“Existe a boa imprensa profissional, que devemos velar. Essa imprensa que se manifesta ao longo da história do nosso país buscando se fortalecer no contexto dos fatos, buscando fazer a crítica ponderando no ambiente factual. E existem aqueles que se dizem jornalistas e que usam de blogs para ocupar espaço no ambiente da internet e que colocam verdadeiras aleivosias, que incitam a violência coletiva, em particular de certas autoridades ou mesmo de cidadãos e que merecem todo o nosso reproche”, declarou.